sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Joaquim Sustelo
NOITE LENTA

Nos passos perdidos que me oferece a noite
Pela forte insónia que também me trouxe,
...
Nestas horas lentas sem que a alma acoite
Um momento breve com sabor a doce,

Neste som constante da chuva em açoite
Tomando ao silêncio um pouco de posse,
Abre-se esta tela para que pernoite
Tendo mais que a noite meu dia precoce

São as horas lentas que contudo vão
Rompendo os espaços para as madrugadas,
Frias, indif'rentes ao nosso vazio...

Dúvidas prementes que connosco estão
Mais densas que as águas na rua apressadas
- A chuva na alma, que traz este frio...

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