Podemos estudar a Sexologia de dois ângulos diferentes. O 1º é o ponto de vista da ciência oficial, ensinado nas faculdades de medicina. O outro é o ponto de vista Gnóstico; é por este último que a iremos estudar.
Devemos relembrar que a palavra Gnose significa conhecimento, em nome da verdade, devemos afirmar que Sigmund Freud, com sua psicanálise, iniciou uma era de transformações extraordinárias no campo da sexologia, esta renovação foi continuada por vários de seus discípulos, entre os quais se destaca Jung.
Devemos compreender que o sexo em si é o centro de todas as atividades humanas, em volta dele giram todos os aspectos sociais da vida. Por exemplo, num baile, numa festa, tudo gira em volta do sexo, os homens vão ao baile porque lá existem muitas mulheres e vice-versa, isso ocorre em todos os lugares, tudo sempre girando em torno do sexo, de forma consciente ou inconsciente.
Hoje em dia o sexo voltou a ser estudado com propósitos transcendentais, o que era comum nas antigas civilizações serpentinas do Egito, Grécia, Índia, China, Astecas, Maias... nessas civilizações o sexo era algo sagrado, diferente do que ocorre hoje em dia.
Hoje vemos a mídia e a propaganda usando o sexo para vender qualquer coisa, o corpo se tornando algo barato e vil, a pornografia está em todo o lugar, e o sexo, que deveria ser tratado como algo sagrado, é desviando para a sensualidade materialista, isto tudo provoca a degeneração sexual que podemos ver nos dias atuais.
Existem 3 classes de sexo: o sexo normal, comum e corrente, o infra-sexo e o Supra-sexo.
Sexo Normal é aquele que leva a reprodução da espécie.
A infra-sexualidade é diferente, existem duas classes de infra-sexuais:
Lilith - aqui estão os homossexuais, as lésbicas, os monjes e monjas que odeiam o sexo e o reprimem, os pederastas, os masoquistas e sádicos, o bestialismo, os masturbadores, e todas as pessoas que odeiam o sexo e o acham algo degenerado, achando que para alcançar a divindade devem praticar o celibatarismo.
Nahemah - aqui estão os abusadores do sexo, os pornográficos, aqueles que se entregam a luxúria sem freios, os adúlteros, os conquistadores nos estilos casanova, don juan ou diabo (este último tem seu exemplo clássico na figura de Rasputin).
Já o Sexo Normal serve para a reprodução da espécie, em relação com o deleite sexual em si mesmo, este é um direito legítimo do ser humano, não sendo um pecado, nem tabu, nem motivo de vergonha; estes que assim pensam estão equivocados, pois é um direito por natureza que todo ser humano tenha o desfrute sexual.
Já o Supra-sexo, a supra-sexualidade, inquestionavelmente, esta é para os gênios, para os homens transcedentais, para as mulheres inefáveis, etc. Supra-sexuais foram um Jesus de Nazaré, um Budha, um Hermes Trimegisto, um Maomé, um Lao-Tsé na China, um Quetzalcoatl para os mexicanos, um Pitágoras, etc.
Todos nós poderíamos entrar no reino da Supra-sexualidade, mas antes de tudo deve-se ter o Sexo Normal. Os infra-sexuais, as lésbicas, os homossexuais, os pederastas, os masturbadores, não estão preparados para entrar no reino da Supra-sexualidade.
Para estes é difícil a regeneração, eles devem primeiro voltar ao sexo normal, um vez isto ocorrido, pode-se ir em frente no caminho para o Supra-sexo.
Aqueles que abusam, tendo vários parceiros, ou realizando vários coitos consecutivos, também são infra-sexuais.
Já o sexo normal ocorre segundo os interesses da natureza, onde nós somos uma máquina que capta forças cósmicas, a Terra é um organismo que se alimenta da energia dos seus seres, assim, os animais e os vegetais captam a energia, assim ocorre também conosco, assim servimos para a economia da natureza, sendo o prazer sexual um direito legítimo de todo o ser humano, dentro, bem compreendido, do matrimônio entre um homem e uma mulher.
Já a Supra-sexualidade tem efeitos extraordinários, como disse Nietzche em sua obra Assim falava Zaratustra: "Chegou a hora do Super-Homem. O homem é uma ponte colocada entre o animal e o Super-Homem, um perigoso passo no caminho, um perigoso olhar para trás. Tudo nele é perigoso. Chegou a hora do Super-Homem."Adolf Hitler interpretou essa teoria a seu jeito, achando ser possível criar uma raça superior de seres humanos eliminando os que ele achava inferiores, o resultado foi a 2º Guerra Mundial e o terrível Holocausto.
Concluiremos falando que a transmutação ocorre no casal, homem e mulher, quando não se perde as energias, ou seja, sem o derramamento do sêmen no homem, sem chegar no orgasmo, tanto no homem como na mulher.
sábado, 3 de janeiro de 2009
A Arte Superior e a Arte Degenerada
Conforme o ser humano foi se precipitando pelo caminho da involução e da degeneração, conforme foi se tornando cada vez mais materialista, seus sentidos também foram se deteriorando e degenerando.
Vem-nos à memória uma escola da Babilônia que se dedicava a estudar tudo o que se relacionava com o olfato.
Eles tinham um lema que dizia: Buscar a verdade nos matizes dos odores obtidos entre o momento da ação do frio congelado e o momento da ação em decomposição cálida.
Essa escola foi perseguida e destruída por um chefe terrível. Dito chefe mantinha negócios duvidosos e logo foi denunciado indiretamente pelos afiliados da escola.
O sentido do olfato extraordinariamente desenvolvido permitia aos alunos daquela escola descobrir muitas coisas que não convinha aos chefes do governo.
Havia uma outra escola muito importante na Babilônia: a Escola dos Pintores. Essa escola tinha como lema: Descobrir e elucidar a verdade só por meio das tonalidades existentes entre o branco e o negro.
Por aquelas épocas, os afiliados dessa escola podiam utilizar normalmente e sem dificuldade cerca de 1.500 matizes da cor cinza.
Do período babilônico até estes tristes dias em que milagrosamente sobrevivemos, os sentidos humanos têm se degenerado espantosamente devido ao materialismo que Marx justifica ao seu modo através da barata sofisticação de sua dialética.
O eu continua depois da morte e perpetua-se em seus descendentes. O eu complica-se com as experiências materialistas e robustece-se às custas das faculdades humanas.
Conforme o eu se fortaleceu através dos séculos, as faculdades humanas foram se degenerando cada vez mais.
As danças sagradas eram verdadeiros livros de informação e que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais.
Os dervixes dançantes não ignoravam as sete tentações mutuamente equilibradas dos organismos vivos.
Os antigos dançarinos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.
Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e do Egito não ignoravam que tudo isto se cristaliza no átomo dançarino e no gigantesco planeta que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.
Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas do nosso sistema solar ao redor de seu sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitavam perfeitamente todos os movimentos dos planetas ao redor do sol.
window.google_render_ad();
As danças sagradas dos tempos do Egito, Babilônia, Grécia etc., vão ainda mais longe. Transmitiam tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc.
Quando na Babilônia, começaram a aparecer os primeiros sintomas do ateísmo, do ceticismo e do materialismo, a degeneração dos cinco sentidos se acelerou de forma espantosa.
Está perfeitamente demonstrado que somos o que pensamos. Se pensarmos como materialistas, degeneramos e nos fossilizamos.
Marx cometeu um crime imperdoável. Tirou os valores espirituais da humanidade. O marxismo desatou a perseguição religiosa. O marxismo precipitou a humanidade na degeneração total.
As idéias marxistas, materialistas, infiltraram-se em todas as partes: nas escolas, nos lares, nos templos, nas fábricas, etc.
Os artistas, a cada nova geração, vêm se convertendo em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo ar de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.
Os modernos artistas já nada sabem sobre a lei do sete, já nada sabem de dramas cósmicos, já nada sabem sobre as danças sagradas dos antigos Mistérios.
Os tenebrosos roubaram tudo do cenário do teatro; profanaram-no miseravelmente e prostituíram-no totalmente.
O sábado, o dia do teatro, o dia dos mistérios, era muito popular nos antigos templos. Neles eram representados dramas cósmicos maravilhosos.
O drama serviu para a transmissão de valiosos conhecimentos aos Iniciados. Por meio do drama, transmitia-se aos Iniciados diversas formas de experiência do Ser e de manifestações do Ser.
Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os Iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve se converter no Cristo de dito drama, se é que realmente aspira o reino do super-homem.
Os dramas cósmicos baseiam-se na lei do sete. Certos desvios inteligentes dessa lei foram usados sempre para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.
É bem sabido em música que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, que outras podem causar pesar no centro sensível e que por fim outras podem produzir religiosidade no centro motor.
Realmente, os velhos hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento integral só pode ser adquirido através dos três cérebros; um único cérebro não pode dar informação completa.
A dança sagrada e o drama cósmico sabiamente combinados com a música serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, fisioquímico, metafísico, etc.
Cabe aqui mencionar também a escultura. Ela foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura rocha revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a Lei do Sete.
Recordemos a esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do super-homem.
Depois da segunda guerra mundial, nasceram a arte e a filosofia existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros enfermos: maníacos e perversos.
Se o marxismo continuar se difundindo, o ser humano terminará por perder totalmente seus cinco sentidos, os quais estão em processo de degeneração.
Já está comprovado pela observação e pela experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.
Já não aparecem no cenário os Iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes templos... Agora, só aparecem nos palcos autômatos enfermos, cantores degenerados, rebeldes sem causa etc.
Os teatros ultramodernos são a antítese dos sagrados teatros dos grandes Mistérios do Egito, da Grécia e da Índia.
A arte destes tempos é tenebrosa, é a antítese da luz. Os modernos artistas são tenebrosos.
A pintura surrealista é marxista, a escultura ultramoderna, a música afrocubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.
Os rapazes e as moças das novas gerações recebem por meio de seus três cérebros degenerados dados suficientes para se converterem em vigaristas, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas etc.
Ninguém faz nada para acabar com a má arte e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética.
Vem-nos à memória uma escola da Babilônia que se dedicava a estudar tudo o que se relacionava com o olfato.
Eles tinham um lema que dizia: Buscar a verdade nos matizes dos odores obtidos entre o momento da ação do frio congelado e o momento da ação em decomposição cálida.
Essa escola foi perseguida e destruída por um chefe terrível. Dito chefe mantinha negócios duvidosos e logo foi denunciado indiretamente pelos afiliados da escola.
O sentido do olfato extraordinariamente desenvolvido permitia aos alunos daquela escola descobrir muitas coisas que não convinha aos chefes do governo.
Havia uma outra escola muito importante na Babilônia: a Escola dos Pintores. Essa escola tinha como lema: Descobrir e elucidar a verdade só por meio das tonalidades existentes entre o branco e o negro.
Por aquelas épocas, os afiliados dessa escola podiam utilizar normalmente e sem dificuldade cerca de 1.500 matizes da cor cinza.
Do período babilônico até estes tristes dias em que milagrosamente sobrevivemos, os sentidos humanos têm se degenerado espantosamente devido ao materialismo que Marx justifica ao seu modo através da barata sofisticação de sua dialética.
O eu continua depois da morte e perpetua-se em seus descendentes. O eu complica-se com as experiências materialistas e robustece-se às custas das faculdades humanas.
Conforme o eu se fortaleceu através dos séculos, as faculdades humanas foram se degenerando cada vez mais.
As danças sagradas eram verdadeiros livros de informação e que transmitiam deliberadamente certos conhecimentos cósmicos transcendentais.
Os dervixes dançantes não ignoravam as sete tentações mutuamente equilibradas dos organismos vivos.
Os antigos dançarinos conheciam as sete partes independentes do corpo e sabiam muito bem o que são as sete linhas distintas do movimento. Os dançarinos sagrados sabiam muito bem que cada uma das sete linhas do movimento possui sete pontos de concentração dinâmica.
Os dançarinos da Babilônia, da Grécia e do Egito não ignoravam que tudo isto se cristaliza no átomo dançarino e no gigantesco planeta que dança ao redor de seu centro de gravitação cósmica.
Se pudéssemos inventar uma máquina que imitasse com plena exatidão todos os movimentos dos sete planetas do nosso sistema solar ao redor de seu sol, descobriríamos com assombro o segredo dos dervixes dançantes. Realmente, os dervixes dançantes imitavam perfeitamente todos os movimentos dos planetas ao redor do sol.
window.google_render_ad();
As danças sagradas dos tempos do Egito, Babilônia, Grécia etc., vão ainda mais longe. Transmitiam tremendas verdades cósmicas, antropogenéticas, psicobiológicas, matemáticas etc.
Quando na Babilônia, começaram a aparecer os primeiros sintomas do ateísmo, do ceticismo e do materialismo, a degeneração dos cinco sentidos se acelerou de forma espantosa.
Está perfeitamente demonstrado que somos o que pensamos. Se pensarmos como materialistas, degeneramos e nos fossilizamos.
Marx cometeu um crime imperdoável. Tirou os valores espirituais da humanidade. O marxismo desatou a perseguição religiosa. O marxismo precipitou a humanidade na degeneração total.
As idéias marxistas, materialistas, infiltraram-se em todas as partes: nas escolas, nos lares, nos templos, nas fábricas, etc.
Os artistas, a cada nova geração, vêm se convertendo em verdadeiros apologistas da dialética materialista. Todo ar de espiritualidade desapareceu da arte ultramoderna.
Os modernos artistas já nada sabem sobre a lei do sete, já nada sabem de dramas cósmicos, já nada sabem sobre as danças sagradas dos antigos Mistérios.
Os tenebrosos roubaram tudo do cenário do teatro; profanaram-no miseravelmente e prostituíram-no totalmente.
O sábado, o dia do teatro, o dia dos mistérios, era muito popular nos antigos templos. Neles eram representados dramas cósmicos maravilhosos.
O drama serviu para a transmissão de valiosos conhecimentos aos Iniciados. Por meio do drama, transmitia-se aos Iniciados diversas formas de experiência do Ser e de manifestações do Ser.
Entre os dramas, o mais antigo é o do Cristo Cósmico. Os Iniciados sabiam muito bem que cada um de nós deve se converter no Cristo de dito drama, se é que realmente aspira o reino do super-homem.
Os dramas cósmicos baseiam-se na lei do sete. Certos desvios inteligentes dessa lei foram usados sempre para transmitir ao neófito conhecimentos transcendentais.
É bem sabido em música que certas notas podem produzir alegria no centro pensante, que outras podem causar pesar no centro sensível e que por fim outras podem produzir religiosidade no centro motor.
Realmente, os velhos hierofantes jamais ignoraram que o conhecimento integral só pode ser adquirido através dos três cérebros; um único cérebro não pode dar informação completa.
A dança sagrada e o drama cósmico sabiamente combinados com a música serviram para transmitir aos neófitos tremendos conhecimentos arcaicos de tipo cosmogenético, psicobiológico, fisioquímico, metafísico, etc.
Cabe aqui mencionar também a escultura. Ela foi grandiosa em outros tempos. Os seres alegóricos cinzelados na dura rocha revelam que os velhos Mestres não ignoraram nunca a Lei do Sete.
Recordemos a esfinge de Gizé, no Egito. Ela nos fala dos quatro elementos da natureza e das quatro condições básicas do super-homem.
Depois da segunda guerra mundial, nasceram a arte e a filosofia existencialistas. Quando vimos os atores existencialistas em cena, chegamos à conclusão de que são verdadeiros enfermos: maníacos e perversos.
Se o marxismo continuar se difundindo, o ser humano terminará por perder totalmente seus cinco sentidos, os quais estão em processo de degeneração.
Já está comprovado pela observação e pela experiência que a ausência de valores espirituais produz degeneração.
A pintura atual, a música, a escultura, o drama, etc., não são senão o produto da degeneração.
Já não aparecem no cenário os Iniciados de outros tempos, as dançarinas sagradas, os verdadeiros artistas dos grandes templos... Agora, só aparecem nos palcos autômatos enfermos, cantores degenerados, rebeldes sem causa etc.
Os teatros ultramodernos são a antítese dos sagrados teatros dos grandes Mistérios do Egito, da Grécia e da Índia.
A arte destes tempos é tenebrosa, é a antítese da luz. Os modernos artistas são tenebrosos.
A pintura surrealista é marxista, a escultura ultramoderna, a música afrocubana e as bailarinas modernas são o resultado da degeneração humana.
Os rapazes e as moças das novas gerações recebem por meio de seus três cérebros degenerados dados suficientes para se converterem em vigaristas, ladrões, assassinos, bandidos, homossexuais, prostitutas etc.
Ninguém faz nada para acabar com a má arte e tudo caminha para uma catástrofe final por falta de uma Revolução da Dialética.
Nunca mais desafio o que não conheço
Moro em uma casa muito antiga, em que os antigos donos eram pessoas materialistas demais, e também muito fechadas e totalmente desprovidas de sentimentos para com o próximo. Nesta casa existe uma escada no fundo que leva a um quarto, fora da casa. Certo dia, estava meio chateado com as coisas, que não estava dando certo, e resolvi sentar no escuro, no último degrau da escada e comecei a praguejar. Tenho 2 cachorros pastores que sentaram um de cada lado de cabeça baixa. Comecei a reclamar demais o porque de tudo aquilo acontecer, e comecei a desafiar o que quer que tivesse de ruim por lá. De repente, meus cachorros se levantaram e desceram a escada correndo e ficaram lá debaixo latindo para algo que estava atrás de mim. Senti um vento gelado e tive a certeza de que havia algo atrás de mim, mas não tive coragem de me virar. Desci devagar, comecei a orar e entrei em casa sem olhar pra trás
Sou espírita kardecista e sei que existem muitas coisas que não explicamos, mas o que senti aquele dia ali, foi algo além de um espírito de pouca luz.
Sou espírita kardecista e sei que existem muitas coisas que não explicamos, mas o que senti aquele dia ali, foi algo além de um espírito de pouca luz.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
SAUDADE
Saudade
Numa tarde de Agosto
Na praia de Matosinhos
Te conheci
Alta e bonita
Logo te reconheci
Como sendo
A eleita do meu olhar.
Tinha 19 anos
E o mundo aos pés
Raparigas aos pontapés
Mas foste a rapariga
De quem mais gostei
Namorei e
Mais gostei ainda
Um amor sem limites.
Parti
Angola foi o destino
Foi o destino de muitos
Como eu
Para quê não sei
De nada me valeu gostar de ti
Tive que embarcar
Para longe
Muito longe
Tive que te deixar
Morri de saudades
Mas parti
Cartas e mais cartas
Diariamente escrevi
E recebi
Cartas sem fim
Com lágrimas escrevi
E recebi
Saudades muitas
Mas que fazer
Tinha que ser
De férias voltei
11 meses depois
Voltamos a namorar
Apenas nos separávamos
Para dormir
Tinha que ser
Outros tempos…
Voltei a partir
30 dias passaram
Voaram
Não podia ser
Mas era, tinha que voltar
E logo
Quando de mim
Mais precisavas
Adoeceste, passaste mal
O doença era grave
Tão grave que
Não esperaste que
Voltasse…
Partiste
Antes que eu chega-se
Abandonaste-me
Para sempre
Sem que pudesse dar-te
Um último beijo de despedida
Partiste
Fiquei só
Na penumbra do capim
Na escuridão da sanzala
Na presença dos companheiros
Chorei
Não tinha mais ninguém
Queria um ombro amigo
Mas que mal fiz, pensei
Passei
9 meses acabrunhado
Mas resisti
Á tristeza acenei
E não descambei
Triste por te perder
Mas feliz por te merecer
E nunca esquecer
36 anos depois
Ainda te recordo
E a felicidade de ter
Conhecido
Uma alma grande
Como a tua.
Numa tarde de Agosto
Na praia de Matosinhos
Te conheci
Alta e bonita
Logo te reconheci
Como sendo
A eleita do meu olhar.
Tinha 19 anos
E o mundo aos pés
Raparigas aos pontapés
Mas foste a rapariga
De quem mais gostei
Namorei e
Mais gostei ainda
Um amor sem limites.
Parti
Angola foi o destino
Foi o destino de muitos
Como eu
Para quê não sei
De nada me valeu gostar de ti
Tive que embarcar
Para longe
Muito longe
Tive que te deixar
Morri de saudades
Mas parti
Cartas e mais cartas
Diariamente escrevi
E recebi
Cartas sem fim
Com lágrimas escrevi
E recebi
Saudades muitas
Mas que fazer
Tinha que ser
De férias voltei
11 meses depois
Voltamos a namorar
Apenas nos separávamos
Para dormir
Tinha que ser
Outros tempos…
Voltei a partir
30 dias passaram
Voaram
Não podia ser
Mas era, tinha que voltar
E logo
Quando de mim
Mais precisavas
Adoeceste, passaste mal
O doença era grave
Tão grave que
Não esperaste que
Voltasse…
Partiste
Antes que eu chega-se
Abandonaste-me
Para sempre
Sem que pudesse dar-te
Um último beijo de despedida
Partiste
Fiquei só
Na penumbra do capim
Na escuridão da sanzala
Na presença dos companheiros
Chorei
Não tinha mais ninguém
Queria um ombro amigo
Mas que mal fiz, pensei
Passei
9 meses acabrunhado
Mas resisti
Á tristeza acenei
E não descambei
Triste por te perder
Mas feliz por te merecer
E nunca esquecer
36 anos depois
Ainda te recordo
E a felicidade de ter
Conhecido
Uma alma grande
Como a tua.
Memórias de Natal
MEMÓRIAS DE NATAL
TINHA EU OS MEUS 5 ANOS E ESTÁVAMOS A DIAS DE FESTEJAR ESTA DATA TÃO FESTIVA E DA QUAL AS CRIANÇAS TODAS GOSTAM.
ESTE NATAL EU NÃO MAIS O ESQUECI PORQUE UMA MANHÃ QUANDO A MINHA TIA/AVÓ QUE DE MIM TOMAVA CONTA PARA QUE A MINHA MÃO PUDESSE TRABALHAR
APERCEBEU-SE QUE EU NÃO ESTAVA BEM. CHAMAVA-ME E EU NÃO DAVA ACORDO DE MIM. MAIS TARDE DIAGNOSTICADO COM “GARROTILHO” FUI INTERNADO NO HOSPITAL JOAQUIM URBANO (“GOELAS DE PAU”) ONDE PERMANECI 5 DIAS. COM O NATAL A PORTA EU ERA PRESENTEADO DIARIAMENTE COM BRINQUEDOS QUE EU COM A CURIOSIDADE DE QUEM TEM ESTA IDADE CONFORME ME CANSAVA DELES IA VENDO COMO ELES ERAM FEITOS E COMO CHEGAVA AO FIM DE OS VOLTAR A MONTAR E ME SOBRAVAM SEMPRE PEÇAS, IA-ME DESFAZENDO DELES.
NA NOITE DE CONSOADA O PAI NATAL TROUXE O BRINQUEDO QUE EU MAIS GOSTEI E QUE CONSERVEI MUITOS ANOS. UM AVIÃO DE LATÃO PINTADO DE AZUL QUE EU COM A MINHA CURIOSIDADE ME APERCEBI QUE FOI DADO PELO MEU PADRINHO, QUE FEZ DE PAI NATAL E O COLOCOU NO SAPATINHO
ONDE QUER QUE ESTEJAS PADRINHO, APROVEITO PARA TE RECORDAR NESTE NATAL COM MUITA SAUDADE.
APROVEITO PARA RECORDAR A SENHORA ENFERMEIRA D. MÁRCIA QUE NUNCA ESQUECI E APESAR DA MÁ RECORDAÇÃO DE ESTAR INTERNADO NO HOSPITAL FIQUEI SEMPRE COM IDEIA DAQUELA SENHORA BONDOSA E MEIGA.
DE TAL MANEIRA ESTA SENHORA ME FICOU NA MEMÓRIA QUE EM SUA MEMÓRIA DEI O SEU NOME À MINHA FILHA.
ASSIM O NATAL DE 1955 FICOU NA MINHA MEMÓRIA E QUE PASSADOS 53 RECORDO DEDICANDO-A A TODOS OS MENINOS QUE SE ENCONTRAM HOSPITALIZADOS DESEJANDO AS MELHORAS DE TODOS. UM DIA RECORDARÃO A VOSSA DOENÇA COMO UMA COISA PASSADA RECORDANDO APENAS O QUE DE BOM A DOENÇA NOS TROUXE
UM SANTO NATAL TAMBÉM PARA TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PARA TODAS AS D. MÁRCIAS QUE FELIZMENTE AINDA EXISTEM E QUE PRESTIGIAM A CLASSE DA ENFERMAGEM.
TINHA EU OS MEUS 5 ANOS E ESTÁVAMOS A DIAS DE FESTEJAR ESTA DATA TÃO FESTIVA E DA QUAL AS CRIANÇAS TODAS GOSTAM.
ESTE NATAL EU NÃO MAIS O ESQUECI PORQUE UMA MANHÃ QUANDO A MINHA TIA/AVÓ QUE DE MIM TOMAVA CONTA PARA QUE A MINHA MÃO PUDESSE TRABALHAR
APERCEBEU-SE QUE EU NÃO ESTAVA BEM. CHAMAVA-ME E EU NÃO DAVA ACORDO DE MIM. MAIS TARDE DIAGNOSTICADO COM “GARROTILHO” FUI INTERNADO NO HOSPITAL JOAQUIM URBANO (“GOELAS DE PAU”) ONDE PERMANECI 5 DIAS. COM O NATAL A PORTA EU ERA PRESENTEADO DIARIAMENTE COM BRINQUEDOS QUE EU COM A CURIOSIDADE DE QUEM TEM ESTA IDADE CONFORME ME CANSAVA DELES IA VENDO COMO ELES ERAM FEITOS E COMO CHEGAVA AO FIM DE OS VOLTAR A MONTAR E ME SOBRAVAM SEMPRE PEÇAS, IA-ME DESFAZENDO DELES.
NA NOITE DE CONSOADA O PAI NATAL TROUXE O BRINQUEDO QUE EU MAIS GOSTEI E QUE CONSERVEI MUITOS ANOS. UM AVIÃO DE LATÃO PINTADO DE AZUL QUE EU COM A MINHA CURIOSIDADE ME APERCEBI QUE FOI DADO PELO MEU PADRINHO, QUE FEZ DE PAI NATAL E O COLOCOU NO SAPATINHO
ONDE QUER QUE ESTEJAS PADRINHO, APROVEITO PARA TE RECORDAR NESTE NATAL COM MUITA SAUDADE.
APROVEITO PARA RECORDAR A SENHORA ENFERMEIRA D. MÁRCIA QUE NUNCA ESQUECI E APESAR DA MÁ RECORDAÇÃO DE ESTAR INTERNADO NO HOSPITAL FIQUEI SEMPRE COM IDEIA DAQUELA SENHORA BONDOSA E MEIGA.
DE TAL MANEIRA ESTA SENHORA ME FICOU NA MEMÓRIA QUE EM SUA MEMÓRIA DEI O SEU NOME À MINHA FILHA.
ASSIM O NATAL DE 1955 FICOU NA MINHA MEMÓRIA E QUE PASSADOS 53 RECORDO DEDICANDO-A A TODOS OS MENINOS QUE SE ENCONTRAM HOSPITALIZADOS DESEJANDO AS MELHORAS DE TODOS. UM DIA RECORDARÃO A VOSSA DOENÇA COMO UMA COISA PASSADA RECORDANDO APENAS O QUE DE BOM A DOENÇA NOS TROUXE
UM SANTO NATAL TAMBÉM PARA TODOS OS PROFISSIONAIS DE SAÚDE E PARA TODAS AS D. MÁRCIAS QUE FELIZMENTE AINDA EXISTEM E QUE PRESTIGIAM A CLASSE DA ENFERMAGEM.
O menino Homem
E O MENINO SE FEZ HOMEM
NASCIDO EM FEVEREIRO
DO SIGNO AQUÁRIO
FILHO DE AUGUSTO E MARIA
VIVEU UM FADÁRIO.
JOSÉ DE SEU NOME
TINHA OUTRO IRMÃO
MAIS VELHO É VERDADE
MAS SEM REALIDADE.
COM TRÊS ANOS APENAS
O PAI FOI-SE EMBORA
PARA ANGOLA EMBARCOU
VINTE ANOS DEPOIS REGRESSOU.
MARIA POR CÁ FICOU
A CRIAR OS DOIS FILHOS
OPERÁRIA DE PROFISSÃO
POUCOS LHE DERAM A MÃO.
NUNCA BRINQUEI COM MEU PAI
OS MOTIVOS BEM OS SEI
NÃO TENHO SAUDADES NENHUMAS
DA INFANCIA QUE PASSEI.
MINHA MÃE TAMBEM FOI PAI
MUITO LHE DEVO PELO QUE SOU
PR´A ESTE MUNDO FUI CHAMADO
INGRATO É COISA QUE NUNCA FUI NEM SOU
AUGUSTO NÃO TEVE SORTE
O DESTINO TAMBÉM O TRAMOU
COMEU O PÃO QUE O DIABO AMASSOU
E UM DIA FEZ-SE AO NORTE.
NÃO QUE SEM ANTES
A VIDA DESSE MUITA VOLTA
O JOSÉ QUE FOI PRÁ TROPA
UM DIA BATEU-LHE À PORTA.
EM ANGOLA SE ENCONTRARAM
PASSADOS DEZOITO ANOS
TANTOS QUE MAIS PARECERAM
SÉCULOS E DEIXARAM DANOS.
COMO É POSSÍVEL MEU DEUS
TANTA FALTA DE HUMANIDADE
Ó CRIADOR QUE ESTÁS NOS CÉUS
DÁ AO MUNDO FRATERNIDADE.
NO TEMPO DA DITADURA
QUE ALGUNS JÁ ESQUECERAM
AOS POBRES FALTAVA SERRADURA
PARA SE PODEREM AQUECER.
FOME NUNCA PASSEI
SOPA E BROA NUNCA FALTOU
TRABALHO POR ONDE ANDEI
O SENHOR ME ACOMPANHOU.
CRESCI A TRABALHAR
E DE TAL NÃO ME ENVERGONHO
MAL ME LEMBRO DE BRINCAR
GANHAR DINHEIRO ERA O MEU SONHO.
O DINHEIRO ERA IMPORTANTE
PARA A NOSSA SOBREVIVÊNCIA
A ÚNICA COISA QUE EU QUERIA
ERA A NOSSA INDEPENDÊNCIA.
DO PASSADO NÃO TENHO SAUDADES
E DA VIDA MUITO MENOS
SE TENHO ALGUNS DEFEITOS
TAMBÉM TENHO QUALIDADES.
DA VIDA GUARDO
MUITOS ENSINAMENTOS
MAS O QUE MAIS RECORDO
SÃO OS MEUS PROCEDIMENTOS.
BONS E MAUS TODOS OS COMETEMOS
UNS MAIS QUE OS OUTROS
MAS O QUE NÃO DEVEMOS
É TRANSFORMAR-NOS EM MONSTROS.
NA ADOLESCÊNCIA TINHA SONHOS
CRIAR FAMÍLIA ERA UM DELES
CASA MULHER E FILHOS
E TUDO FAZER POR ELES.
JUNTO AO DOURO
UM RIO DE ESPANTO E MÁGOA
RECORDO O ESPELHO QUE SOU
A MÃE QUE TIVE
FONTE PURA DO CÉU
MAS QUE SE PERDEU.
MENINO OU MENINA NÃO ERA PROBLEMA
QUE FOSSE O QUE DEUS QUISESSE
PRIMEIRO VEIO UM MENINO
À SEGUNDA UMA MENINA.
SÉRGIO É O MENINO
MÁRCIA É A FININHA
AMBOS MEUS FILHOS
DE UMA VIDA QUE NÃO É SÓ MINHA.
PASSADOS VINTE E TAL ANOS
A VIDA TEM MENOS SABOR
JÁ QUE UM DOS MEUS FILHOS
ME SAIU UM BOM ESTUPOR.
A FAMÍLIA QUE NÓS FOMOS
E NAQUILO QUE NOS TORNAMOS
UNS PARA CADA LADO
É ESTE O NOSSO FADO.
TANTO TENHO TRABALHADO
E UMA FAMÍLIA CONSTRUIR
MAS ESPERO QUE O MELHOR BOCADO
AINDA ESTEJA PARA VIR.
OUVIR FADO E CHORAR
LOGO AO NASCER DO DIA
ESTRADA FORA A ROLAR
E A RÁDIO POR COMPANHIA.
DEITO-ME CEDO E CEDO ME LEVANTO
À ESTRADA LOGO ME METO
HORAS E HORAS SOZINHO
MUITO PENSO NO MEU NETO.
MEU NETO MINHA VIDA
QUE DEUS SEMPRE TE PROTEJA
PORQUÊ TANTA DIFICULDADE
PARA QUE EU TE VEJA
JOSÉ É O MEU NOME
E O APELIDO É LESSA
TANTOS FADISTAS EU OUÇO
MAS DE TODAS A QUE MAIS GOSTO
É DA MARGARIDA BESSA
SOSSEGA CORAÇÃO SOSSEGA
TALVEZ UM DIA QUE NÃO TARDA
DESCANSA E TEM ESPERANÇA
AINDA EXISTE QUEM TE GUARDA.
ENCONTRA O QUE QUERES PORQUE QUERES
LIVRE DE FALSAS NOSTALGIAS
TALVEZ UM DIA PARA ALEM DOS DIAS
SOSSEGA CORAÇÃO NÃO DESESPERES
NOS TEUS OLHOS VEJO
O MEU OLHAR DE OUTRORA
TAL COMO TÚ, SABIA AS RESPOSTAS
PR´A IMENSA DOR QUE ME DEVORA
É ESTE O NOSSO FADO
TANTO TENHO TRABALHADO
E UMA FAMILIA CONSTRUIR
ESPERO QUE O MELHOR BOCADO
AINDA ESTEJA PARA VIR.
COM AS LINHAS DO PENSAMENTO
QUEM SABE DE MIM E DOS MEUS CREDOS
NA PRISÃO DOS MEUS SEGREDOS
A CERTEZA DE QUE ME NÃO PERCO.
SÓ EU ME RECONHEÇO
NAQUILO QUE SINTO
QUE SINTO CÁ DENTRO
NAQUILO QUE FAÇO E PENSO.
NOSSA SENHORA DAS DORES
PORQUE DEIXAS QUE AS CRIANÇAS SOFRAM
HORAS INFELIZES E MOMENTOS DE DOR
DÁ-LHES ANTES MUITO DO TEU ETERNO AMOR.
NAS CINZAS DA FOGUEIRA QUE ATEEI
QUANTAS VEZES ME PERDI E ENCONTREI
OUTROS FOGOS SE ACENDERAM
MUITOS ABRAÇOS VIERAM
E EM TODOS MEU AMOR, TE PROCUREI.
ALGUEM TECEU UMA MEADA
UM LABIRINTO UMA TRAIÇÃO
GUITARRA MAL SOADA
NUNCA TE DAREI A MÃO.
MALDITOS OS FEITIÇOS DO ENREDO
MALDITOS OS VIDENTES
OS AFLUENTES MISTICOS
OS ARQUITETOS DO BRUXEDO.
NASCIDO EM FEVEREIRO
DO SIGNO AQUÁRIO
FILHO DE AUGUSTO E MARIA
VIVEU UM FADÁRIO.
JOSÉ DE SEU NOME
TINHA OUTRO IRMÃO
MAIS VELHO É VERDADE
MAS SEM REALIDADE.
COM TRÊS ANOS APENAS
O PAI FOI-SE EMBORA
PARA ANGOLA EMBARCOU
VINTE ANOS DEPOIS REGRESSOU.
MARIA POR CÁ FICOU
A CRIAR OS DOIS FILHOS
OPERÁRIA DE PROFISSÃO
POUCOS LHE DERAM A MÃO.
NUNCA BRINQUEI COM MEU PAI
OS MOTIVOS BEM OS SEI
NÃO TENHO SAUDADES NENHUMAS
DA INFANCIA QUE PASSEI.
MINHA MÃE TAMBEM FOI PAI
MUITO LHE DEVO PELO QUE SOU
PR´A ESTE MUNDO FUI CHAMADO
INGRATO É COISA QUE NUNCA FUI NEM SOU
AUGUSTO NÃO TEVE SORTE
O DESTINO TAMBÉM O TRAMOU
COMEU O PÃO QUE O DIABO AMASSOU
E UM DIA FEZ-SE AO NORTE.
NÃO QUE SEM ANTES
A VIDA DESSE MUITA VOLTA
O JOSÉ QUE FOI PRÁ TROPA
UM DIA BATEU-LHE À PORTA.
EM ANGOLA SE ENCONTRARAM
PASSADOS DEZOITO ANOS
TANTOS QUE MAIS PARECERAM
SÉCULOS E DEIXARAM DANOS.
COMO É POSSÍVEL MEU DEUS
TANTA FALTA DE HUMANIDADE
Ó CRIADOR QUE ESTÁS NOS CÉUS
DÁ AO MUNDO FRATERNIDADE.
NO TEMPO DA DITADURA
QUE ALGUNS JÁ ESQUECERAM
AOS POBRES FALTAVA SERRADURA
PARA SE PODEREM AQUECER.
FOME NUNCA PASSEI
SOPA E BROA NUNCA FALTOU
TRABALHO POR ONDE ANDEI
O SENHOR ME ACOMPANHOU.
CRESCI A TRABALHAR
E DE TAL NÃO ME ENVERGONHO
MAL ME LEMBRO DE BRINCAR
GANHAR DINHEIRO ERA O MEU SONHO.
O DINHEIRO ERA IMPORTANTE
PARA A NOSSA SOBREVIVÊNCIA
A ÚNICA COISA QUE EU QUERIA
ERA A NOSSA INDEPENDÊNCIA.
DO PASSADO NÃO TENHO SAUDADES
E DA VIDA MUITO MENOS
SE TENHO ALGUNS DEFEITOS
TAMBÉM TENHO QUALIDADES.
DA VIDA GUARDO
MUITOS ENSINAMENTOS
MAS O QUE MAIS RECORDO
SÃO OS MEUS PROCEDIMENTOS.
BONS E MAUS TODOS OS COMETEMOS
UNS MAIS QUE OS OUTROS
MAS O QUE NÃO DEVEMOS
É TRANSFORMAR-NOS EM MONSTROS.
NA ADOLESCÊNCIA TINHA SONHOS
CRIAR FAMÍLIA ERA UM DELES
CASA MULHER E FILHOS
E TUDO FAZER POR ELES.
JUNTO AO DOURO
UM RIO DE ESPANTO E MÁGOA
RECORDO O ESPELHO QUE SOU
A MÃE QUE TIVE
FONTE PURA DO CÉU
MAS QUE SE PERDEU.
MENINO OU MENINA NÃO ERA PROBLEMA
QUE FOSSE O QUE DEUS QUISESSE
PRIMEIRO VEIO UM MENINO
À SEGUNDA UMA MENINA.
SÉRGIO É O MENINO
MÁRCIA É A FININHA
AMBOS MEUS FILHOS
DE UMA VIDA QUE NÃO É SÓ MINHA.
PASSADOS VINTE E TAL ANOS
A VIDA TEM MENOS SABOR
JÁ QUE UM DOS MEUS FILHOS
ME SAIU UM BOM ESTUPOR.
A FAMÍLIA QUE NÓS FOMOS
E NAQUILO QUE NOS TORNAMOS
UNS PARA CADA LADO
É ESTE O NOSSO FADO.
TANTO TENHO TRABALHADO
E UMA FAMÍLIA CONSTRUIR
MAS ESPERO QUE O MELHOR BOCADO
AINDA ESTEJA PARA VIR.
OUVIR FADO E CHORAR
LOGO AO NASCER DO DIA
ESTRADA FORA A ROLAR
E A RÁDIO POR COMPANHIA.
DEITO-ME CEDO E CEDO ME LEVANTO
À ESTRADA LOGO ME METO
HORAS E HORAS SOZINHO
MUITO PENSO NO MEU NETO.
MEU NETO MINHA VIDA
QUE DEUS SEMPRE TE PROTEJA
PORQUÊ TANTA DIFICULDADE
PARA QUE EU TE VEJA
JOSÉ É O MEU NOME
E O APELIDO É LESSA
TANTOS FADISTAS EU OUÇO
MAS DE TODAS A QUE MAIS GOSTO
É DA MARGARIDA BESSA
SOSSEGA CORAÇÃO SOSSEGA
TALVEZ UM DIA QUE NÃO TARDA
DESCANSA E TEM ESPERANÇA
AINDA EXISTE QUEM TE GUARDA.
ENCONTRA O QUE QUERES PORQUE QUERES
LIVRE DE FALSAS NOSTALGIAS
TALVEZ UM DIA PARA ALEM DOS DIAS
SOSSEGA CORAÇÃO NÃO DESESPERES
NOS TEUS OLHOS VEJO
O MEU OLHAR DE OUTRORA
TAL COMO TÚ, SABIA AS RESPOSTAS
PR´A IMENSA DOR QUE ME DEVORA
É ESTE O NOSSO FADO
TANTO TENHO TRABALHADO
E UMA FAMILIA CONSTRUIR
ESPERO QUE O MELHOR BOCADO
AINDA ESTEJA PARA VIR.
COM AS LINHAS DO PENSAMENTO
QUEM SABE DE MIM E DOS MEUS CREDOS
NA PRISÃO DOS MEUS SEGREDOS
A CERTEZA DE QUE ME NÃO PERCO.
SÓ EU ME RECONHEÇO
NAQUILO QUE SINTO
QUE SINTO CÁ DENTRO
NAQUILO QUE FAÇO E PENSO.
NOSSA SENHORA DAS DORES
PORQUE DEIXAS QUE AS CRIANÇAS SOFRAM
HORAS INFELIZES E MOMENTOS DE DOR
DÁ-LHES ANTES MUITO DO TEU ETERNO AMOR.
NAS CINZAS DA FOGUEIRA QUE ATEEI
QUANTAS VEZES ME PERDI E ENCONTREI
OUTROS FOGOS SE ACENDERAM
MUITOS ABRAÇOS VIERAM
E EM TODOS MEU AMOR, TE PROCUREI.
ALGUEM TECEU UMA MEADA
UM LABIRINTO UMA TRAIÇÃO
GUITARRA MAL SOADA
NUNCA TE DAREI A MÃO.
MALDITOS OS FEITIÇOS DO ENREDO
MALDITOS OS VIDENTES
OS AFLUENTES MISTICOS
OS ARQUITETOS DO BRUXEDO.
A MAIS BELA FLOR
O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar.
E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
- "Veja o que encontrei!".
Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.
Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar, ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- "O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei; ei-la, é sua."
A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.
Então me estendi para pegá-la e respondi:
- "O que eu precisava!"
Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.
Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
- "De nada", ele sorriu.
E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia.
Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.
E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu.
E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.
window.google_render_ad();
O estacionamento estava deserto quando me sentei para ler embaixo dos longos ramos de um velho carvalho. Desiludido da vida, com boas razões para chorar, pois o mundo estava tentando me afundar.
E se não fosse razão suficiente para arruinar o dia, um garoto ofegante se chegou, cansado de brincar. Ele parou na minha frente, cabeça pendente, e disse cheio de alegria:
- "Veja o que encontrei!".
Na sua mão uma flor, e que visão lamentável, pétalas caídas, pouca água ou luz.
Querendo me ver livre do garoto com sua flor, fingi pálido sorriso e me virei. Mas ao invés de recuar, ele se sentou ao meu lado, levou a flor ao nariz e declarou com estranha surpresa:
- "O cheiro é ótimo, e é bonita também... Por isso a peguei; ei-la, é sua."
A flor à minha frente estava morta ou morrendo, nada de cores vibrantes como laranja, amarelo ou vermelho, mas eu sabia que tinha que pegá-la, ou ele jamais sairia de lá.
Então me estendi para pegá-la e respondi:
- "O que eu precisava!"
Mas, ao invés de colocá-la na minha mão, ele a segurou no ar sem qualquer razão. Nessa hora notei, pela primeira vez, que o garoto era cego, que não podia ver o que tinha nas mãos.
Ouvi minha voz sumir, lágrimas despontaram ao sol enquanto lhe agradecia por escolher a melhor flor daquele jardim.
- "De nada", ele sorriu.
E então voltou a brincar sem perceber o impacto que teve em meu dia.
Me sentei e pus-me a pensar como ele conseguiu enxergar um homem auto-piedoso sob um velho carvalho. Como ele sabia do meu sofrimento auto-indulgente? Talvez no seu coração ele tenha sido abençoado com a verdadeira visão. Através dos olhos de uma criança cega, finalmente entendi que o problema não era o mundo, e sim EU.
E por todos os momentos em que eu mesmo fui cego, agradeci por ver a beleza da vida e apreciei cada segundo que é só meu.
E então levei aquela feia flor ao meu nariz e senti a fragrância de uma bela rosa, e sorri enquanto via aquele garoto, com outra flor em suas mãos, prestes a mudar a vida de um insuspeito senhor de idade.
window.google_render_ad();
Subscrever:
Mensagens (Atom)